4. A volta para casa (Lc 15:17-20) foi uma viagem de arrependimento. A viagem começou quando ele caiu em si. O reconhecimento de onde ele estava, em comparação com o que era o lar do pai, o levou a decidir: “Levantar-me-ei, e irei ter com o meu pai.” O filho pródigo voltou para casa com um discurso de quatro partes que define o verdadeiro significado do arrependimento.
Em primeiro lugar, há um reconhecimento do pai como “meu pai” (v. 18). O filho pródigo então precisa apoiar-se e confiar no amor e no perdão de seu pai, assim como precisamos aprender a confiar no amor e no perdão de nosso Pai celestial.
Em segundo lugar, há confissão: o que o pródigo fez não foi um erro de discernimento, mas um pecado contra Deus e o pai (v. 18).
Em terceiro lugar, há contrição: “Já não sou digno” (v. 19). O reconhecimento da própria indignidade, em contraste com a dignidade de Deus, é essencial para que o verdadeiro arrependimento ocorra.
Em quarto lugar, há petição: “Faze-me” (v. 19, ARC). O alvo do arrependimento é submissão à vontade de Deus, qualquer que seja ela. O filho voltou ao lar.
5. O pai expectante (Lc 15:20, 21). A espera e a vigília, a dor e a esperança, começaram no momento em que o pródigo pôs os pés fora de casa. A espera terminou quando o pai o viu “ainda longe”, e então, “compadecido dele, correndo, o abraçou e beijou” (v. 20). Nenhuma outra imagem captura o caráter de Deus como essa de um pai expectante.
6. A família regozijante (Lc 15:22-25). O pai abraçou o filho, vestiu-o com uma nova roupa, colocou-lhe um anel no dedo e sapatos nos pés, e mandou dar uma festa. A família estava comemorando. Se sair de casa foi a morte, a volta foi uma ressurreição e, como tal, digna de ser comemorada. O filho era, de fato, um pródigo, mas, apesar disso, um filho, e por todo filho arrependido há alegria no Céu (v. 7).
7. O filho mais velho (Lc 15:25-32). O filho mais novo estava perdido quando saiu de casa para ir a uma terra distante; o filho mais velho estava perdido porque, embora estivesse fisicamente em casa, seu coração estava numa terra distante. Um coração assim é irado (v. 28), queixoso, cheio de justiça própria (v. 29), e se recusa a reconhecer um irmão. Em vez disso, reconhece apenas “esse teu filho”, um desperdiçador sem caráter (v. 30). A atitude do filho mais velho para com o pai é a mesma dos fariseus que acusaram Jesus: “Este recebe pecadores e come com eles” (v. 2).
A palavra final do pai para o filho mais velho reflete a atitude do Céu para com todos os pecadores arrependidos: “Era preciso que nos regozijássemos e nos alegrássemos, porque esse teu irmão estava morto e reviveu, estava perdido e foi achado” (v. 32).
Ponha-se no lugar do filho mais velho. Por mais errada que seja sua maneira de pensar, por que faz tanto “sentido” que nos sintamos dessa forma? Como essa história revela maneiras pelas quais o evangelho vai além do que “faz sentido”?
Lição Adventista Escola Sabatina para Adultos Q2 2015 «O Evangelho de Lucas» Lição 8 – A Missão de Jesus